Wednesday, June 27, 2007

AXITRAGAL

Status úmidos da aférese.

Sôfregos escarros de gripe amiga

Que solta suas partes e se manifesta

Mantém-se inócua e mal sabida.

Solta suas partes - rabo de lagartixa,

De trás pra frente cresce – axitragal ed obar

Inverte a mão e se analisa

Salta à frente sem jamais saltar.

Encobre-me toda manto da rotina

Amarra meus pés. Joga-me no mar

Manto inglório desfaz-se, agoniza

Antes do fundo aprendi respirar

Pés amarrados por tantas marés

Em nenhuma praia me fez parar

Se sou cerceada de pédicos direitos

Rabo de lagartixa: sereia no mar.

Cores












Todas as cores são fortes
E o peso dos anos
É o peso da morte.
Todas as vidas - recortes.
Todos os passos - caminhos.
Em todo grupo - sozinho.
Em qualquer copo - amigo.

Todas as cores são dores.
Dói o olhar sabê-las.
Dói o saber não vê-las.
E ao velar: fascínio.

Todas as cores: preto.
Destinta flor do nadandante,
Espaço oculto revelante
Cor de possibilitar o olhar.

Todas as cores são formas
E se podem reformar.
Reformula o quadrante
Possui a pérola do instante
Entre um ou outro olhar.

Tuesday, June 19, 2007

DES-TINO


Beijos esparsos de noites solares
Coisas não-coisas, conceito de ser
A chama primeira,
Quero rouba-la
E por mil vezes voltar a sofrer.
Lobos e fadas têm gosto de sangue.
Ódio (ou amor) tem gosto de mel.
Quero retê-la por só um instante
E ter toda a vida depois para não ter.
Vou retratar-me de minhas mentiras,
As frutas colhidas a meu bel prazer;
Quão doces eram os néctares de outrora
Que belas verdades fizeram-se ser.

Ruídos...

Inúteis ladrões de um raro porvir.
Parvos percalços de imprecisão.
Cloto, Láquesis, Átropos: Ei-las
A fiar a certeza de nossa condição.
Flertei com os deuses mais galhofeiros,
Não faltou vinho, mas compreensão
De que o tempo presente era de guerra
Para só então vir a celebração.

Agora meu corpo é parte do mundo.
Rompeu-me o fio, rasgou-se o véu.
Tudo o que vejo já o era antes
Se é que tudo isso já aconteceu.

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